25 de set. de 2014

Significados (Adriana Falcão)


Muito  é quando os dedos da mão não são suficientes.
Pouco  é menos da metade.
Ainda  é quando a vontade está no meio do caminho.
Lágrima  é um sumo que sai dos olhos, quando se espreme o coração.
Amizade  é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.
Vergonha  é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Solidão  é uma ilha com saudade de barco.
Abandono  é quando o barco parte e você fica.
Saudade  é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança  é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Ausência  é uma falta que fica ali presente.
Tristeza  é uma mão gigante que aperta seu coração.
Interesse  é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Sentimento  é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Emoção  é um tango que ainda não foi feito.
Desejo  é uma boca com sede.
Paixão  é quando apesar da palavra “perigo” o desejo vai e entra.
Excitação  é quando os beijos estão desatinados pra sair da sua boca depressa.
Angústia  é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Ansiedade  é quando sempre faltam cinco minutos para o que quer que seja.
Preocupação  é uma cola que não deixa o que ainda não aconteceu, sair de seu pensamento.
Indecisão  é quando você sabe muito bem o que quer, mas acha que devia querer outra coisa.
Agonia  é quando o maestro de você se perde completamente.
Sucesso  é quando você faz o que sempre fez, só que todo mundo percebe.
Sorte  é quando a competência encontra com a oportunidade.
Ousadia  é quando a coragem diz para o coração: "Vá!”  e ele vai mesmo.
Lealdade  é uma qualidade dos cachorros, que nem todo ser humano consegue ter.
Decepção  é quando você risca em algo ou em alguém um xis preto ou vermelho.
Indiferença  é quando os minutos não se interessam por nada especialmente.
Certeza  é quando a idéia cansa de procurar e pára.
Desilusão  é quando anoitece em você, contra a vontade do dia.
Desatino  é um "desataque" de prudência.
Alegria  é um bloco de Carnaval que não liga se não é Fevereiro.
Razão  é quando o cuidado aproveita que a emoção está dormindo e assume o mandato
Prudência  é um buraco de fechadura na porta do tempo.
Lucidez  é um acesso de loucura ao contrário.
Pressentimento  é quando passa em você um trailer de um filme que pode ser que nem exista.
Intuição  é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Vontade  é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Culpa  é quando você cisma que podia ter feito diferente, mas, geralmente, não podia.
Raiva  é quando o cachorro que mora em você mostra os dentes.
Perdão  é quando o Natal acontece em Maio, por exemplo.
Renúncia  é um não que não queria ser.
Vaidade  é ter um espelho onisciente, onipotente e onipresente.
Amigos  são anjos que nos levantam quando nossas asas estão machucadas.
Felicidade  é um agora que não tem pressa nenhuma.
Sorriso  é a manifestação dos lábios quando os olhos encontram o que o coração procura.
Desculpa  é uma palavra que pretende ser um beijo.
Beijo  é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias.
Amor  é quando a paixão não tem outro compromisso marcado. Não. Amor é um exagero... também não. É um cuidar de...  Uma batelada de carinho? Um exame, um dilúvio, um mundaréu, uma insanidade, um destempero, um despropósito, um descontrole, uma necessidade, um desapego?
Talvez, senão tivesse  sentido.... Talvez porque não houvesse explicação, esse negócio de amor não sei definir. Mas sei sentir....

Um dengo a todos os que passam por aqui. Sinto falta do meu cantinho mas tenho andado um tanto quanto cansada, desiludida, com vontade de dormir, dormir, dormir e só acordar quando tudo estivesse perfeito... kkkk Isto sim é um sonho bom .. 




2 de jun. de 2014

Todo dia é dia!




30 de mai. de 2014

Sentir-se amado (Martha Medeiros)

O cara diz que te ama, então tá. Ele te ama.

Sua mulher diz que te ama, então assunto encerrado.

Você sabe que é amado porque lhe disseram isso, as três palavrinhas mágicas. Mas saber-se amado é uma coisa, sentir-se amado é outra, uma diferença de milhas, um espaço enorme para a angústia instalar-se.

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e verbalização, apesar de não sonharmos com outra coisa: se o cara beija, transa e diz que me ama, tenha a santa paciência, vou querer que ele faça pacto de sangue também?

Pactos. Acho que é isso. Não de sangue nem de nada que se possa ver e tocar. É um pacto silencioso que tem a força de manter as coisas enraizadas, um pacto de eternidade, mesmo que o destino um dia venha a dividir o caminho dos dois.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida, que zela pela sua felicidade, que se preocupa quando as coisas não estão dando certo, que sugere caminhos para melhorar, que coloca-se a postos para ouvir suas dúvidas e que dá uma sacudida em você, caso você esteja delirando. "Não seja tão severa consigo mesma, relaxe um pouco. Vou te trazer um cálice de vinho".

Sentir-se amado é ver que ela lembra de coisas que você contou dois anos atrás, é vê-la tentar reconciliar você com seu pai, é ver como ela fica triste quando você está triste e como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d´água. "Lembra que quando eu passei por isso você disse que eu estava dramatizando? Então, chegou sua vez de simplificar as coisas. Vem aqui, tira este sapato."

Sentem-se amados aqueles que perdoam um ao outro e que não transformam a mágoa em munição na hora da discussão. Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente bem-vindo, que se sente inteiro. Sente-se amado aquele que tem sua solidão respeitada, aquele que sabe que não existe assunto proibido, que tudo pode ser dito e compreendido. Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é, sem inventar um personagem para a relação, pois personagem nenhum se sustenta muito tempo. Sente-se amado quem não ofega, mas suspira; quem não levanta a voz, mas fala; quem não concorda, mas escuta.

Agora sente-se e escute: eu te amo não diz tudo.




10 de jan. de 2014

Nutella Caseira (Creme de Avelã)

Será que existe alguém que não gosta de creme de avelã? Descobri esta receitinha que fica maravilhosa. Espero que gostem.



INGREDIENTES:

200 gramas de avelã
200 gramas de chocolate ao leite
2 colheres (sopa) de cacau em pó
1 lata de creme de leite (sem soro)
½ xícara de açúcar
4 colheres (sopa) de leite em pó

MODO DE PREPARO:


Pra descascar as avelãs, coloque em uma panela com água fervendo, deixe por 10 minutos, retire do fogo, escorra e descasque bem quente, seque-as e esfrie. Bata no liquidificador as avelãs, o creme de leite formando um creme, coloque em um refratário e reserve. Derreta o chocolate com o cacau, junte as avelãs batidas, o açúcar, o leite em pó formando o creme de avelã caseiro. Coloque em potes individuais ou num vidro grande e guarde em lugar arejado. Prazo de validade: 1 semana.

OBS: Não fica lisinho como o industrializado, mas fica delicioso os pedacinhos de avelãs...

Experimente. Beijos bem docinhos.


5 de jan. de 2014

AS TRÊS PENEIRAS DE SÓCRATES


Um homem foi ao encontro de Sócrates levando ao filósofo uma informação que julgava de seu interesse:
- Quero contar-te uma coisa a respeito de um amigo teu!
- Espera um momento – disse Sócrates – Antes de contar-me, quero saber se fizeste passar essa informação pelas três peneiras.
- Três peneiras? Que queres dizer?
- Vamos peneirar aquilo que quer me dizer. Devemos sempre usar as três peneiras. Se não as conheces, presta bem atenção. A primeira é a peneira da VERDADE. Tens certeza de que isso que queres dizer-me é verdade?
- Bem, foi o que ouvi outros contarem. Não sei exatamente se é verdade.
- A segunda peneira é a da BONDADE. Com certeza, deves ter passado a informação pela peneira da bondade. Ou não?
Envergonhado, o homem respondeu:
- Devo confessar que não.
- A terceira peneira é a da UTILIDADE. Pensaste bem se é útil o que vieste falar a respeito do meu amigo?
- Útil? Na verdade, não.
- Então, disse-lhe o sábio, se o que queres contar-me não é verdadeiro, nem bom, nem útil, então é melhor que o guardes apenas para ti.