14 de dez. de 2015

Sobre o Ano Santo e a Porta Santa


O que é um Ano Santo?

A tradição católica de celebrar um Ano Santo (Ano Jubilar) começou com o Papa Bonifácio VIII em 1300, e desde 1475, estabeleceu-se que os seguintes jubileus se comemorassem a cada 25 anos, com o objetivo de que cada geração experimente pelo menos um em sua vida.

O Ano Santo é tradicionalmente um ano de perdão e penitência pelos pecados de cada um. Também é um ano de reconciliação entre inimigos e conversão para receber o Sacramento da Reconciliação.

Até então, somente foram realizadas 26 celebrações jubilares ordinárias, a última das quais foi o Jubileu do ano 2000 convocado por São João Paulo II.

O que é um Ano Jubilar Extraordinário?

Um Jubileu Extraordinário pode ser convocado em uma ocasião especial ou por um evento que tenha uma importância especial, como é o caso do Ano Santo da Misericórdia.

O primeiro Jubileu extraordinário foi convocado no século XV e os mais recentes foram em 1933, quando o Papa Pio XI quis celebrar os 1.900 anos da Redenção, e em 1983 quando São João Paulo II proclamou um a fim de honrar os 1.950 anos da redenção depois da morte e ressurreição de Cristo.

O que é uma Porta Santa?

Aqueles que acompanharam a visita do Papa Francisco à África em novembro provavelmente viram a abertura da Porta Santa em Bangui, República Centro-Africana.

Embora o Ano Santo comece oficialmente hoje, 8 de dezembro, essa foi a primeira vez na história que um Papa abriu uma Porta Santa fora de Roma.

Cada uma das quatro basílicas papais de Roma tem uma porta Santa, as quais normalmente são seladas do lado de dentro a fim de que não sejam abertas. As portas santas somente são abertas durante o Jubileu, para que os peregrinos possam entrar através delas e ganhar a indulgência plenária vinculada ao Jubileu.

O rito da abertura da Porta Santa pretende ilustrar simbolicamente que aos fiéis da Igreja lhes oferece um "caminho extraordinário" para a salvação durante o tempo do Jubileu. Simboliza deixar para trás o mundo e entrar na presença de Deus, de maneira análoga a que os supremos sacerdotes do Antigo Testamento atravessavam a entrada do santuário interior do Tabernáculo em Yom Kipur – a comemoração judia do Dia da Expiação, do perdão e do arrependimento de coração – para entrar na presença de Deus e oferecer sacrifícios.

Depois da abertura da Porta Santa na Basílica de São Pedro, serão abertas as portas das outras três basílicas romanas: São João Latrão, São Paulo Extramuros e Santa Maria Maior. Durante o Ano Santo da Misericórdia, o Papa Francisco também deu permissão aos bispos diocesanos para designar Portas Santas específicas em suas Dioceses.
  
O que é uma indulgência plenária?

Um Ano Santo concede aos fiéis a possibilidade de ganhar a indulgência plenária. De acordo com o parágrafo 1471 do Catecismo, uma indulgência é:

“...a remissão, perante Deus, da pena temporal devida aos pecados cuja culpa já foi apagada; remissão que o fiel devidamente disposto obtém em certas e determinadas condições, pela ação da Igreja, a qual, enquanto dispensadora da redenção, distribui e aplica por sua autoridade o tesouro das satisfações de Cristo e dos santos”.

No caso de uma indulgência plenária, é uma completa remissão dos pecados.

Como obter uma indulgência durante um Ano Santo?

De acordo com a Penitenciária Apostólica, para ganhar indulgências plenárias (ou parciais), é necessário que os fiéis estejam em estado de graça e além disso:

- Tenham a disposição interior de um desapego total do pecado, inclusive venial;

- Confessem sacramentalmente seus pecados;

- Recebam a Sagrada Eucaristia (preferivelmente, mas não necessariamente durante a Missa)

- Rezem pelas intenções do Papa

O ideal seria confessar-se, receber a comunhão e realizar a indulgência no mesmo dia, mas é suficiente que estes sacramentos e orações sejam realizados dentro de 20 dias, antes ou depois do ato da indulgência.

As orações pelas intenções do Papa são encarregadas aos fiéis, mas um “Pai Nosso” e uma “Ave Maria” são as orações habituais. Uma confissão sacramental é suficiente para várias indulgências plenárias, mas uma comunhão e uma oração pelas intenções do Santo Padre são necessárias para cada indulgência plenária.

Podem ser feitas exceções com os doentes e as pessoas que não podem sair de suas casas.

As indulgências sempre podem ser aplicadas a nós mesmos ou pelas almas dos defuntos, mas não podem ser aplicadas a outras pessoas vivas.

A cada quanto tempo posso obter a indulgência plenária?

Uma vez por dia.

Onde posso obter uma indulgência durante o Ano Santo da Misericórdia?

Durante um Ano Santo, o Papa escolhe lugares específicos de peregrinação para obter indulgências, além das quatro Portas Santas de Roma. Para o Ano Santo da Misericórdia, as portas santas nas catedrais de cada Diocese, assim como em outras igrejas designadas pelos bispos diocesanos são lugares de peregrinação para os fiéis leigos como parte da aquisição da indulgência plenária. Como Francisco escreveu em sua carta sobre a indulgência do Ano Santo:

“Estabeleço igualmente que se possa obter a indulgência nos Santuários onde se abrir a Porta da Misericórdia e nas igrejas que tradicionalmente são identificadas como Jubilares. É importante que este momento esteja unido, em primeiro lugar, ao Sacramento da Reconciliação e à celebração da santa Eucaristia com uma reflexão sobre a misericórdia. Será necessário acompanhar estas celebrações com a profissão de fé e com a oração por mim e pelas intenções que trago no coração para o bem da Igreja e do mundo inteiro”.

Por que é necessário um Jubileu da Misericórdia? Que sentido tem?

O Papa Francisco dedicou a Audiência Geral desta quarta-feira para explicar as razões que o levaram a convocar o Jubileu da Misericórdia, o qual inaugurou ontem com a abertura da Porta Santa e que será concluído em 20 de novembro de 2016, festa de Cristo Rei. Em sua Catequese de hoje, reconheceu que a necessária renovação das instituições e estruturas da Igreja é um meio para vivê-la.

“Por que um Jubileu da Misericórdia? O que significa isto?”, perguntou. “A Igreja tem necessidade deste momento extraordinário. Não digo ‘é bom para a Igreja este momento extraordinário’. Digo que a Igreja tem necessidade deste momento extraordinário”.

“Em nossa época de profundas mudanças, a Igreja é chamada a dar sua particular contribuição, fazendo sinais visíveis da presença e da proximidade de Deus. Este Jubileu é um tempo favorável para todos nós, fazendo-nos contemplar a Misericórdia Divina que ultrapassa todo e qualquer limite humano e consegue brilhar no meio da escuridão do pecado, para nos tornarmos suas testemunhas convictas e persuasivas”.

O Papa explicou então que “dirigir o olhar a Deus, Pai misericordioso, e aos irmãos necessitados de misericórdia, significa concentrar a atenção no conteúdo essencial do Evangelho: Jesus Cristo, a Misericórdia feita carne, que faz visível a nossos olhos o grande mistério do Amor trinitário de Deus”.

Assim, “celebrar um Jubileu da Misericórdia equivale a pôr de novo no centro de nossa vida pessoal e de nossas comunidades o específico da esperança cristã”.
   
Francisco assegurou que “este Ano Santo nos é oferecido para experimentar na nossa vida o toque doce e suave do perdão de Deus, a sua presença ao nosso lado e sua proximidade sobretudo nos momentos de maior necessidade”.

O Papa sublinhou que “o que mais agrada a Deus é perdoar os seus filhos, usar de misericórdia para com eles, a fim de que possam, por sua vez, usar de misericórdia e perdoar os seus irmãos”.

“Santo Ambrósio, em um livro de teologia, toma a história da criação do mundo e diz que Deus cada dia depois de ter feito uma coisa, a lua, o sol ou os animais… a Bíblia diz: ‘e Deus viu que isto era bom’. Mas quando fez o homem e a mulher, a Bíblia diz: ‘Deus viu que isto era muito bom’. Santo Ambrósio se pergunta: ‘por que diz muito bom?, por que Deus está tão contente depois do homem e da mulher?’. ‘Porque ao final tinha alguém a quem perdoar’. A alegria de Deus é perdoar. O ser de Deus é misericórdia, por isso este ano devemos abrir o coração”, improvisou o Papa.

O Santo Padre afirmou que a “também necessária obra de renovação das instituições e das estruturas da Igreja é um meio que deve levar-nos a fazer a experiência viva e vivificante da misericórdia de Deus que, sozinha, pode garantir à Igreja ser essa cidade colocada sobre um monte que não pode permanecer escondida”.

O Papa assegurou que o objetivo da Igreja neste Ano Santo é o encontro com o Jesus, “como Bom Pastor que veio nos buscar porque estávamos perdidos”.

“Assim reforçaremos em nós a certeza de que a misericórdia pode contribuir realmente para a edificação de um mundo mais humano, especialmente em nosso tempo, em que o perdão é um convidado estranho nos ambientes da vida humana”.

Na opinião do Papa, a Igreja tem muito o que fazer neste tempo “e eu não me canso de recordá-lo”. Mas, “é preciso dar-se conta de que na raiz do esquecimento da misericórdia está sempre o amor próprio”.

“No mundo, isso toma a forma de busca exclusiva dos próprios interesses, prazeres e honras, juntamente com a acumulação de riquezas, enquanto na vida dos cristãos aparece muitas vezes sob a forma de hipocrisia e mundanidade”.

“Estas investidas do amor próprio, que alienam a misericórdia do mundo, são tais e tantas que frequentemente nem sequer somos capazes de as reconhecer como limite e como pecado”. Isto explica “porque é preciso reconhecer que somos pecadores para reforçar em nós a certeza da misericórdia divina”, assegurou.
  
“É ingênuo acreditar que isso possa mudar o mundo?”, perguntou-se. “Sim, humanamente falando é loucura, mas o que é loucura de Deus é mais sábio do que os homens, e o que é fraqueza de Deus é mais forte do que os homens”, concluiu.



Fonte: ACI Digital in: http://www.misericordia.com.br/

25 de nov. de 2015

Ausência (Vinícius de Moraes)



Eu deixarei que morra em mim o desejo de amar os teus olhos que são doces 
Porque nada te poderei dar senão a mágoa de me veres eternamente exausto. 
No entanto a tua presença é qualquer coisa como a luz e a vida 
E eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto e em minha voz a tua voz. 
Não te quero ter porque em meu ser tudo estaria terminado. 
Quero só que surjas em mim como a fé nos desesperados 
Para que eu possa levar uma gota de orvalho nesta terra amaldiçoada 
Que ficou sobre a minha carne como nódoa do passado. 
Eu deixarei... tu irás e encostarás a tua face em outra face. 

Teus dedos enlaçarão outros dedos e tu desabrocharás para a madrugada. 
Mas tu não saberás que quem te colheu fui eu, porque eu fui o grande íntimo da noite. 
Porque eu encostei minha face na face da noite e ouvi a tua fala amorosa. 
Porque meus dedos enlaçaram os dedos da névoa suspensos no espaço. 
E eu trouxe até mim a misteriosa essência do teu abandono desordenado. 
Eu ficarei só como os veleiros nos pontos silenciosos. 
Mas eu te possuirei como ninguém porque poderei partir. 
E todas as lamentações do mar, do vento, do céu, das aves, das estrelas. 
Serão a tua voz presente, a tua voz ausente, a tua voz serenizada.

20 de mai. de 2015

E viver é bom


E a vida voa ligeiro, quando percebemos todos nos chamam de "senhora", no começo é meio estranho, nos sentimos meio que "fora da casinha" rsss mas nos acostumamos. Tudo certo, tudo bem. Imagina ir numa consulta de "gente grande" e de repente a médica diz: "Você precisa cuidar mais de você, esqueça problemas, filhos, blá, blá, blá e termina com um afinal... Afinal você vai fazer meio século de vida." Na hora fiquei meio perdida, achei engraçado e assustador. Não por vaidade mas sim por urgência.


Comecei a pensar em tudo o que fiz, o que deixei de fazer e o que ainda desejo. Descobri que o meu querer sempre foi simples, infantil, até pequeno para alguns. Só quis alegria na alma, levitar, ter risador feliz. Me pergunto se fiz tudo errado. Talvez sim, talvez não. Cometi erros, talvez até mais que acertos mas consegui me perdoar, descobri que a vida é assim e nós temos a obrigação de perdoar a todos e a nós mesmos.

Resolvi que tenho que cuidar da vida com gentileza e carinho e ir em frente. Não vou deixar ninguém me magoar,  tudo bem que isto não tem acontecido pois aprendi que muitas das mágoas são um pouco de frescura, gostamos de alimentar o sofrer.... Sinto muito, mas não é qualquer coisa ou pessoa que me incomoda mais não. Me canso facilmente de gente chata e qdo não tô muito bem, continuo preferindo ficar em minha companhia sem perturbar os amigos. Lamúria é um tanto quanto chato de aguentar.

Encontrei uma frase na internet e a adotei: "Sou grosseiramente fofa" e isto significa que me permito ser mal educada de vez em quando, continuar falando o que penso - com a diferença que não vou mais me incomodar se o outro der "pití" e fazer drama -, ahhhhh aprendendo a falar não e tô achando uma delícia....kkkkkk

Fazer "meio século de vida" tem as suas vantagens não são só dores aqui e ali, tô descobrindo que é uma das melhores fases da vida... Desculpe aí se te incomodo com meu "jeitinho meigo de ser" mas mesmo sendo "grosseiramente fofa" as pessoas que eu gosto continuam mandando e desmandando em meu coração, os amigos que precisam de mim sabem que podem contar comigo, colo sempre disponível (poderia ser um saco de dinheiro né????) rssss. E quer saber? VIVER É BOM!

Quero voltar pro meu cantinho e cuidar dele com o carinho que ele merece. Quero amar cada dia mais meus amigos, minha família e o meu amor que insiste em não aparecer mas quando isto acontecer...... Upa lelê.....

Um beijo de dengo a quem passar por aqui. Ahhhhh tô feliz! Simples assim....






19 de mar. de 2015

CHAPÉU DE TECIDO

Chapéu é um acessório que deveria ser obrigatório, principalmente aqui em Cuiabá. Encontrei este PAP no http://moldeseideiasqueamo-thaysf.blogspot.com.br/

Muito fácil....














Beijo a todos que passarem por aqui.


23 de fev. de 2015

Arteirices Nadiavida

E quando a vida teima em não "andar" a gente passa o tempo brincando de fazer arte.





Presentes de Deus












E cada dia Deus me surpreende com gratas surpresas. 

Obrigada Deus! Obrigada Minha Vida! 

E a alegria se fez presente e aquece mais e sempre meu coração.